sexta-feira, 30 de março de 2007

V I T Ó R I A !!!! :)

Nota pública do movimento de ocupação da Reitoria

Nós, estudantes organizados que ocupamos a Reitoria e o CONSU (Conselho Universitário) da Unicamp, conquistamos uma vitória importante hoje com o atendimento de nossas reivindicações:

1- Sobre a Moradia Estudantil, a Reitoria aceitou ser locatária de casas para os estudantes desalojados do Bloco B, bem como financiar os gastos relacionados ( água, luz, transporte e manutenção). Aceitou também dar início às reformas do bloco condenado, realizar uma vistoria geral da moradia estudantil seguida das reformas necessárias. , Partindo da necessidade da ampliação de vagas da moradia e de seu projeto inicial de 1.500 vagas, será criado um grupo de trabalho que indicará como se dará essa ampliação. É importante ressaltar que conquistamos a saída da agora ex-administradora do Programa de Moradia Estudantil, Kátia Stancato.

2- A questão referente à homologação dos Representantes Discentes (RDs) voltará à pauta do próximo CONSU e serão retomadas as atividades do grupo de trabalho que avalia a questão.

3- O reitor fará seu posicionamento público crítico aos decretos do governo Serra em artigo a ser apresentado em breve no jornal O Estado de São Paulo.

4- A reitoria garantiu que não haverá punições ou medidas disciplinares contra os estudantes que participaram da manifestação.

Este movimento, organizado e pacífico, se retira portanto dos prédios ocupados por compreender que conquistou o que reivindicava, mas reitera a importância da continuidade da mobilização dos estudantes. Na Unicamp ainda há muitas questões pelas quais lutar: a construção do teatro-laboratório do IA (Instituto de Artes), a construção do prédio do IG (Instituto de Geociências), a contratação de 75 professores para o IFCH, o financiamento da extensão comunitária, eleição direta e paritária para reitor, entre outras.

Há também muito a avançar na luta por uma universidade pública e de qualidade. Essa luta se manifesta hoje na necessidade de barrarmos a Reforma Universitária e os decretos do governo Serra que o aprofundam o processo de sucateamento e de privatização velada da universidade pública.

Convocamos todos os estudantes para que se levantem pela construção de uma greve indicada para o dia 17 de abril em defesa da educação pública. As conquistas da ocupação da Unicamp demonstram a força do Movimento Estudantil e seu potencial para avançar em sua lutas.

NAS RUAS! NAS PRAÇAS! QUEM DISSE QUE SUMIU?! AQUI ESTÁ PRESENTE O MOVIMENTO ESTUDANTIL!!!

O que você pode encontrar no blog

  • Pauta de reivindicações;
  • Informativos oficiais do movimento de ocupação da reitoria;
  • Telefone para contato com comissão de imprensa;
  • Lista das entidades apoiadoras;
  • Algumas moções de apoio;
  • Fotos da ocupação e da organização do movimento;
  • Atividades culturais desenvolvidas na ocupação.
  • Modelo de moção de apelo.
A luta continua!!!

Informativo do mov. de ocupação da Reitoria (30/03)

Os Estudantes mobilizados em torno da ocupação da Reitoria vem neste informativo expressar sua posição sobre o andamento das negociações com a reitoria.

Em resposta às questões relativas à pauta: os Estudantes reafirmam:

(1) Há uma comoção pública dos estudantes da Moradia contra a sua atual administração representada pela profª Kátia Stancato, o que torna legítima a reivindicação de sua retirada imediata. Acreditamos que a administração da profª Kátia será inviabilizada devido ao enorme descontentamento dos moradores que vem aumentando progressivamente.

(2) Não há dúvidas quanto a necessidade da ampliação da Moradia e da Assistência Estudantil. Evidência disso é o enorme número de estudantes que necessitam de assistência estudantil, comprovado pelos critérios sócio-econômicos adotados pelo SAE, mas que não são atendidos pela falta de estrutura.

Portanto não é necessário discutir a demanda, mas sim a forma como será viabilizada.

(3) Na tarde de ontem, alguns professores conselheiros do CONSU estiveram presentes em uma reunião extra-ordinária. Não consideramos que essa manifestação pública dos membros do CONSU seja oficial, visto que não puderam estar presentes representantes dos funcionários e dos estudantes. Além disso, não houve quórum. Mais uma vez, se demonstra o cárater anti-democrático desse órgão máximo de deliberação da Unicamp. Isso reforça ainda mais a reinvidicação dos estudantes de homologar os seus representantes no CONSU e a garantia da autonomia irrestrita dos estudantes organizarem suas eleições, como ocorria até 2004 e como ocorre em todas as universidades públicas, exceto na Unicamp.

(4) Nunca houve uma negociação entre a “diretoria” do DCE e a Reitoria. A Comissão de negociação é representativa dos estudantes que estão na ocupação e foram democraticamente escolhidos por estes. O DCE é solidário e participa ativamente da Ocupação, mas não responde por ela como liderança. Este movimento não se restringe aos estudantes que estão presentes fisicamente na ocupação, ele conta com apoio de diversas CAs, sindicatos, DCEs, parlamentares e movimentos sociais do Brasil inteiro. (ver a lista no blog)

(5) A pauta ainda não foi exaustivamente acordada. Alguns itens não chegaram a ser discutidos devido à intransigência da Reitoria.

Por fim, estamos sendo constantemente ameaçados de punições disciplinares e repressão policial pela Reitoria. Por nosso movimento ser pacífico, organizado e legítimo, reivindicamos que nenhum manifestante seja punido e que não haja repressão policial.

Moção de apoio do Mov. a Plenos Pulmões

NOTA DE APOIO AOS ESTUDANTES DA UNICAMP

Hoje vemos uma nova disposição de luta no movimento estudantil de todo o país. Greve na UEG, paralisações na PUC-SP, manifestações na USP.. Agora, a ocupação da Reitoria da Unicamp, que é parte desse processo de radicalização do movimento estudantil combativo. Os estudantes exigem a reconstrução do "Bloco B", moradia universitária que está em péssimas condições, pela representação estudantil no CONSU (Conselho Universitário) e contra os ataques do Governo Serra. Essa é a primeira resposta das 3 estaduais do estado de São Paulo aos ataques desse governo, das Reitorias e dos Conselhos Universitários. Os estudantes da Unicamp estão sendo a vanguarda da luta para barrar os ataques que estão atingindo as universidades estaduais de São Paulo.

Na USP os diretores de Faculdade e o Reitor reprimem o movimento estudantil, colocando grades nos espaços dos estudantes. Na PUC-SP a Reitora quer expulsar os inadimplentes de sala de aula e processar os estudantes do Centro Acadêmico por defenderem festas na Universidade. Com o decreto do Serra faltam professores nas estaduais. Em Araraquara os estudantes fazem atos de protesto e recebem sindicâncias, ameaçados até de expulsão da Universidade. A ocupação na Unicamp é um primeiro passo na luta contra todos esses ataques, porque sabemos que só a comunidade universitária, e não o Governador, os Reitores e os Conselhos Universitários, tem o interesse no pleno funcionamento da Universidade e na expansão da Universidade pública.

Através dos próprios métodos de luta do movimento estudantil combativo, vamos defender a universidade pública para que os filhos dos trabalhadores estejam dentro dela . Essa é uma luta contra a burocracia universitária, uma luta totalmente oposta aos interesses do governo Serra. Nesse momento, o CONSU entrou com uma medida de reintegração de posse da Reitoria da Unicamp, dispostos a chamar a polícia para reprimir os estudantes que lutam para que sua moradia não desabe e cause graves acidentes.

Nós, do Movimento A Plenos Pulmões, lutaremos em cada lugar onde estivermos para massificar o apoio à luta fora da Unicamp, fazendo chegar até o reitor da Unicamp o nosso grito de apoio às suas demandas. Se conseguimos isso e massificamos o movimento entre todos os estudantes da Unicamp, as centenas de estudantes que estão garantindo esse primeiro dia de ocupação podem levar o movimento à vitória.

Temos a certeza e a convicção da força dessa luta, e estaremos na linha de frente para que esta luta se multiplique por todo o Estado de São Paulo , através de paralisações e ocupações no caminho de construir uma greve geral das estaduais entre professores, funcionários e estudantes para barrar os ataques do Governo Serra, para exigir o aumento de salário aos professores e funcionários, por mais verbas para a Universidade, pelo fim do decreto e contra a repressão.

TODO APOIO À LUTA DOS ESTUDANTES DA UNICAMP! SIGAMOS O EXEMPLO EM TODAS AS UNIVERSIDADES COLOCANDO DE PÉ AS DEMANDAS DO MOVIMENTO ESTUDANTIL E NOSSOS MÉTODOS RADICALIZADOS DE LUTA!

FORA POLÍCIA DO CAMPUS!

ABAIXO O DECRETO DE SERRA!

Moção de apoio do DCE-UFF

NOTA DO DCE FERNANDO SANTA CRUZ (UFF) EM APOIO AOS ESTUDANTES OCUPADOS NA REITORIA DA UNICAMP


O DCE-UFF, em defesa das bandeiras históricas do movimento estudantil, resistindo ao projeto privatista das universidades públicas, vem por meio deste apoiar a obstinada ocupação dos estudantes da Unicamp, no dia 27 de março. Para nós suas reivindicações devem ser atendidas integralmente e já é de grande valor a manifestação que ocorre até o presente momento. Uma moradia digna, participação nos fóruns da universidade em que estudam, assim como a reivindicação por mais verbas para a educação, são o mínimo de nossos direitos constitucionais garantidos. Baderneiros são os dirigentes das universidades públicas em todo o país com suas fundações ilegais, seu descaso com a assistência estudantil e com imensa truculência e barbarismo diante da negativa covarde da representação estudantil. Por todas essas razões, nossa entidade que caminha em solidariedade a tod@s aqueles que seguem lutando em defesa da educação pública e assistência estudantil, por um movimento autônomo de reitorias, e pela tomada crescente da consciência dos estudantes, lançamos essa nota com muito orgulho em defesa dos companheiros e companheiras presentes na ocupação à reitoria da Unicamp e em apoio às suas bandeiras.

Niterói, 28 de março de 2007.

Moção de apoio do grupo Identidade

O Identidade - Grupo de Ação Pela Cidadania de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais apoia a manifestação dos estudantes da Unicamp, endossa suas reivindicações: pela melhoria das condições da assistência estudantil na universidade pública, pelo reconhecimento da legitimidade dos processos eleitorais conduzidos pelos estudantes para eleger seus representantes nas instâncias deliberativas da universidade e repudia os decretos do governador José Serra, que fragilizam a autonomia universitária e contribui diretamente para a precarização daquelas instituições e do Centro Paula Souza. O Identidade manter-se-á unido aos estudantes na luta incansável pela universidade pública, gratuita, de qualidade e para todos, nos espaços de negociação e nas ocupações, quando as primeiras se mostrarem infrutíferas.

Apoio da Executiva Nacional de Comunicação Social

MOÇÃO DE APOIO

Nós, da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), apoiamos a ocupação da Reitoria feita pelos estudantes da Unicamp. Sabemos da intensa precarização que as universidades públicas sofrem hoje devido à política neoliberal dos governos estaduais e federal. Sabemos também o papel de legitimação desta política por parte das reitorias, que em sua grande maioria, ao invés de defender os interesses da comunidade acadêmica e da instituição como um todo, confirmam e aplicam as políticas de privatização pautadas pelos nossos governantes. Portanto, achamos absolutamente legítima a ocupação dos estudantes e esperamos que a sua luta seja vitoriosa.

São Paulo, 28 de março de 2007.

Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social

Moção de apoio do DCE - Uniso

Sorocaba, 28 de março de 2007.

Moção de apoio aos estudantes da UNICAMP

O Diretório Central dos Estudantes “Francisco Alves Capucho Jr.”, da Universidade de Sorocaba, declara seu total apoio às manifestações do DCE da Unicamp que reivindica melhores condições de assistência estudantil.

Desde a manhã de ontem, terça-feira, cerca de 200 estudantes ocupam a reitoria da Unicamp para denunciar o descaso com a moradia, que se encontra em processo de desmoronamento.

Nos solidarizamos com as reivindicações da ocupação: reconstrução imediata do bloco que está desmoronando; locação dos desalojados sob inteira responsabilidade da Unicamp com garantia de água, luz e transporte; ampliação das vagas da moradia; vistoria completa da moradia, com laudo amplamente divulgado; e pela troca da administração da moradia.

O DCE Capucho coloca-se ao lado dos estudantes também na luta pela autonomia estudantil, pela legitimação do processo eleitoral organizado pelos estudantes.


Gilson Amaro
Presidente – DCE Capucho

Moção de apoio dos trabalhadores da USP

Aos Estudantes Lutadores da UNICAMP,

O Sintusp - Sindicato dos Trabalhadores da USP apóia a ação corajosa, digna dos homens que reconhecem os seus direitos básicos, os direitos sociais de um povo, principalmente do povo pobre, e lutam por dignidade. Apesar de não estarmos aí, estamos juntos com os estudantes da UNICAMP, que agem legitimamente, pois a universidade é obrigada a adotar políticas de permanência e assistência estudantil. Se o reitor alega que não tem verbas para estas políticas, ele que recorra ao governador, pois até hoje quem se ajoelhou diante dos governos foram os reitores da USP, UNESP e UNICAMP. Eles sabem de onde tirar dinheiro, quando é para atender interesses de poucos. A nossa solidariedade aos estudantes da UNICAMP e não recuem, pois com certeza serão vitoriosos.

Diretoria Colegiada do SINTUSP
Campinas, 29 de março de 2007

Moção de apoio dos trabalhadores da Unicamp

MOÇÃO

A Assembléia dos Trabalhadores da Unicamp manifesta apoio à luta dos estudantes. Entende como fundamental o diálogo, a participação e a democracia como fundamentos importantes na construção e convivência da comunidade interna.

A luta em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade faz parte da história do DCE, STU e Adunicamp e nesse momento de intervenção nas universidades através dos decretos do governador Serra, é fundamental a mobilização para barrar esse retrocesso e avançar na democratização das instâncias da universidade e no respeito às entidades representativas.

Conclamamos a reitoria a criar canais permanentes de negociação com as entidades, diferentemente dos procedimentos que vêm ocorrendo nos últimos anos.

Unicamp, 29 de março de 2007.

Assembléia dos Trabalhadores da Unicamp

Lista atualizada das entidades apoiadoras da ocupação

CAs - DAs – DCEs-entidades estudantis

DA Letras (PUC-SP)
CA Psico (PUC - Campinas)
CA Direito (USP)
DA Direito (PUC-SP)
DA 13 de maio (UNESP - Presidente Prudente)
CA Biologia (PUCCamp)
CA Fono (PUCCamp)
CA Terapia Ocupacional (PUCCamp)
CAFEC (Centro Acadêmico Faculdade de Engenharia Civil)
CAASO
Centro Acadêmico Luiz Gama da Faculdade de direito da Universidade São Francisco campus de Bragança Paulista
DCE Uniso
DCE Unimep
DCE Ufes
DCE UFSCAR
DCE Fernando Santa Cruz (UFF)
Diretório Central dos Estudantes "Francisco Alves Capucho Jr.", da Universidade de Sorocaba
ABEEF – Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal
Assembleia da ESALQ
Centro Acadêmico de Economia - CAECO (Unicamp)
Gremio Politecnico da Universidade de São Paulo
Diretório Central dos Estudantes "Educador Paulo Freire" - Universidade Metodista de Piracicaba
ENECOS – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social


Partidos e Movimentos
PSOL
PSTU
PCB
UNE
UEE-SP
FOE - UNE
Conlute
Movimento a Plenos Pulmões
LER-QI
Grupo Identidade - Grupo de Ação Pela Cidadania de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais
MOLECA
MTST
Movimento Universidade Popular (MUP)
Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)


Sindicatos e Centrais Sindicais
Andes
Adunesp
Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP)
Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU)

Sindicato dos trabalhadores municipais de Jacarei
SindSal
Sindicato dos quimicos de Campinas e Regiao
Sindicato dos quimicos do Vale do Paraiba
Sindicato dos metalurgicos de Campinas e regiao
Sindicato dos metalurgicos de Sao Jose dos Campos
Sindsprev
Intersindical
Conlutas
Apeoesp - Taboao da Serra

Assembléia dos Trabalhadores da Unicamp


Mandatos
Mandato Vereadora Marcela Moreira - PSOL
Mandato Vereador Paulo Bufalo - PSOL
Mandato Deputado Estadual Raul Marcelo - PSOL
Mandato Deputado Estadual Carlos Gianazzi – PSOL
Mandato Deputado Federal Ivan Valente - PSOL

quinta-feira, 29 de março de 2007

Imagem da frente da reitoria ocupada.

...e mais atividades culturais durante a ocupação

Ciranda em frente ao prédio ocupado da reitoria


Corte de água não vai nos parar!

A Reitoria cortou o abastecimento de água nos prédios ocupados buscando dificultar as condições de permanência na ocupação. Isso apenas nos dá mais ânimo para lutar, caro Reitor! Continuamos ocupados e lutando por uma universidade pública de verdade, contra os decretos do governador Serra, pela homologação dos representantes estudantis eleitos e por um amplo programa de manutenção e ampliação do Programa de Moradia Estudantil.

As atividades culturais na ocupação!

Conscientes da importância do histórico momento que estão vivenciando e conscientes da necessidade de transformar esta ocupação em um espaço de arte, debates e transformações, os estudantes criaram uma programação cultural enquanto permanecem no prédio.

No dia 28 de março, o espaço do entorno da reitoria recebeu a apresentação da Bateria Alcalina, do Instituto de Artes e do grupo de Maracatu da Associação Cultural Elesbão.

Hoje, dia 29, haverá uma aula pública, às 17h30, com um professor da universidade ainda não definido, que conversará com os alunos sobre a ação que está sendo realizada. Também participará da discussão um estudante da Moradia Estudantil, que irá expor os problemas vividos pelos alunos. No mesmo evento, será exibido o filme "Entre muros e favelas", produzido e dirigido numa co-produção entre a TV Comunitária Tagarela, da Rocinha, o projeto Atrever, de Manguinhos (ambos do Rio de Janeiro), e a ONG alemã Videokollektive Akkraak.

Alunos do curso de Artes Cênicas realizarão, provavelmente, improvisos dramatúrgicos no local. Durante a ocupação, estudantes do mesmo curso estão oferecendo aulas de alongamento para os ocupantes. Todas as atividades serão abertas a estudantes da Unicamp.

PROGRAMAÇÃO
29/03, às 17h30
Aula pública com professor da Unicamp.
Debate com estudante da Moradia Estudantil.
Exibição do filme "Entre muros e favelas"
Improvisos dramatúrgicos com alunos das Artes Cênicas (a confirmar)

O "Mapa da Destruição"

Decretos do governador José Serra

Decreto 51.460 (1°/01/07)

Dispõe sobre as alterações de denominação e transferências que especifica, define a organização básica da Administração Direta e suas entidades vinculadas e dá providências correlatas
Consequência: Fragmenta ainda mais a área educacional: a educação básica fica na Secretaria da Educação; o Centro Paula Souza na Secretaria de Desenvolvimento, desmembrado da Unesp; e as universidades estaduais na Secretaria de Ensino Superior (recém criada). A FAPESP fica na Secretaria de Desenvolvimento.

Decreto 51.461 (1°/01/07)
Organiza a Secretaria de Ensino Superior e dá providências correlatas
Consequência: Ataca a autonomia universitária; desconhece a pesquisa básica, privilegiando a “operacional”; ignora o tripé que caracteriza as universidades – Ensino/Pesquisa/Extensão; sequer prevê o financiamento das universidades e nem sua articulação com a educação básica.


Decreto 51.471 (02/01/07)
Dispõe sobre a admissão e a contratação de pessoal na Administração Direta e Indireta e dá providências correlatas
Consequência: Veda, por tempo indeterminado, a admissão ou contratação de pessoal no âmbito do Estado, atividades agora ainda mais centralizadas no Executivo, via Secretaria de Gestão Pública.


Decreto 51.636 (09/03/07)
Fixa normas para a execução orçamentária e financeira do exercício de 2007 e dá providências correlatas
Consequência: Obriga as universidades a ingressarem no Siafem/SP e autoriza a Secretaria da Fazenda a deduzir – das liberações financeiras do Tesouro do Estado – valores equivalentes às contribuições previdenciárias “patronais” não recolhidas pelas universidades (art. 12). Observação: este segundo item contraria acordo entre Executivo e Legislativo durante as discussões da LDO-2006 e da LDO-2007.

Decreto 51.660 (14/03/07)
Institui a Comissão de Política Salarial (CPS) e dá providências correlatas. Composição da CPS: Secretários da Fazenda, de Economia e Planejamento, de Gestão Pública, do Emprego e Relações do Trabalho e Procurador Geral do Estado
Consequência: A CPS estabelece as diretrizes de política salarial e a Secretaria de Gestão Pública conduz as negociações salariais junto às entidades representativas dos servidores integrantes da Administração Direta e das Autarquias. Todas as reivindicações, instituições ou revisões de vantagens e benefícios serão analisadas previamente pela Unidade Central de Recursos Humanos da Secretaria de Gestão Pública.

texto elaborado pelo Fórum das Seis, março de 2007

3o dia de ocupação!

Campinas, 29 de março de 2007 :: 3º Dia de Ocupação

Cerca de 450 estudantes estão mobilizados em torno da ocupação da Reitoria da Unicamp desde as 7h da manhã de terça-feira (27/03). Os estudantes reivindicam 3 pontos:

(1) Que o reitor e o CONSU (Conselho Universitário) se posicionem publicamente pela revogação dos decretos do governador Serra. Estes decretos atacam diretamente a autonomia financeira, acadêmica e de pesquisa da universidade. Promovendo uma contínua privatização da
universidade e sua produção. Evidência disso é o contigenciamento de verbas públicas, o veto à contratação de pessoal via concurso público e os sucetivos vetos (2005 e 2006) ao aumento do repasse para as universidades.

(2) Que a reitoria realize uma grande reforma na moradia estudantil, que se apresenta em situação precária, considerando que o bloco B corre riscos de deabamento. Reivindicamos que a Unicamp seja locatária e fiadora das casas que provisoriamente os abrigarão e pague os gastos
relacionados (água, luz segurança e transporte). Reivindicamos também a ampliação da moradia já que nos últimos 17 anos o projeto inicial, que previa 1500 vagas (atualmente são apenas 900) não foi ainda cumprido e as expansões da universidade (mais vagas e mais cursos) nunca são acompanhadas de expansão da assistência estudantil. Reivindicamos por fim o afastamento da coordenadora do PME (Programa da Moradia Estudanil) Kátia Stancato, que tem se posicionado de forma autoritária e negligente com relação aos sérios problemas presentes na moradia.

(3) Homologação dos Representantes Discentes (RDs) eleitos no processo autônomo dos estudantes para o CONSU e para a a CCG, órgãos máximos de deliberação da Unicamp. A reitoria, em 2004, tomou a organização deste processo, impedindo que o movimento estudantil escolhesse seus próprios representates. O CONSU se recusa a reconhecer os RDs escolhidos pela eleição realizada pelos estudantes ano passado, que obteve 4778 votos, legitimando autoritariamente a eleição organizada pela reitoria que contou com apenas 184 votos.

Até o presente momento as negociações não avançaram nos pontos primordiais e a reitoria se mantém intransigente tanto quanto à posição da assistência estudantil na política da universidade quanto na democratização da estrutura de poder e decisão. A ocupação se mantém!

Convocamos todos os estudantes, professores, funcionários e toda a comunidade a apoiarem essa luta em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade e manifestem repúdio à presença da polícia no campus e às intervenções policiais, que ameaçam o bom zelo do patrimônio público e a própria segurança dos estudantes nesta manifestação PACÍFICA.

Nota da Comissão de comunicação e imprensa da Ocupação.

Dialogo com a imprensa

Telefone para contato com a comissão de imprensa: (19) 3521 5039.

A organização do movimento de ocupação!


O movimento de ocupação da reitoria e do Conselho Universitário da Unicamp é um movimento pacífico e organizado que está lutando pela preservação da universidade pública e pela autonomia do movimento estudantil (procure no blog nossa pauta de reivindicações).


Imagens da organização do movimento de ocupação da reitoria

O movimento de ocupação quer preservar o patrimônio público!

Ao contrário do que é divulgado o movimento de ocupação da reitoria e do CONSU da Unicamp não está destruindo patrimônio público. Estamos é denunciando a reitoria que com sua política de descaso com relação a manutenção da moradia estudantil não só destruiu o patrimônio público (ameaça de desabamento do bloco B da Moradia Estudantil da Unicamp) como colocou em risco a vida de 60 estudantes. Denunciamos também a política do governo Serra que com seus decretos acelera o processo de sucateamento e privatização velada da universidade pública. A reitoria da Unicamp e Serra sim estão destruindo o patrimônio público!

Imagens de dentro da ocupação da Reitoria e do Consu!






Diálogo com a imprensa

Telefone para contato com a comissão de imprensa: (19) 3521 5039.

Andamento das negociações

A reitoria de início se negou a negociar com o movimento de ocupação acreditando que poderiam jogar com nosso enfraquecimento e cansaço (cortaram as luzes do prédio e o acesso a internet). Mas, diante do crescimento do movimento (que agora conta com cerca de 400 estudantes) e da repercussão na grande mídia a reitoria se viu obrigada a sentar e abrir as negociações com o movimento.

Nas negociações a reitoria cedeu em alguns pontos referentes à moradia como na garantia de locação de casas para os moradores do bloco condenado, assim como realizar a reforma do bloco B e uma vistoria em toda a moradia (que pode estar igualmente condenada). O movimento em assembléia avaliou que esse posicionamento da reitoria não representa avanço significativo já que se referem estritamente as obrigações da administração diante da ameaça de desabamento do bloco B. Quando tocamos em pontos mais essenciais referentes a administração da moradia, como o pedido de saída da atual administradora Kátia Stancato e a retomada do projeto inicial da moradia de 1500 vagas (hoje temos 900) a reitora se fechou de forma intransigente.

E mesmo as posições da reitoria referentes aos moradores do bloco B e à reforma da moradia não foram assumidas formalmente pois a reitoria diz só se comprometer caso saiamos do prédio ocupado. Ora, isso é não assumir compromisso algum. O movimento não tem porque confiar em palavras ditas a 4 paredes. A negociação só terá validade caso se assumam compromissos publicos e por escrito.

A reitoria lavou as mãos na questão da homologação dos representantes discentes eleitos no processo organizado pelos estudantes. Afirmou que essa pauta não eh de sua responsabilidade e sim do CONSU (Conselho Universitário). Exigimos da reitoria um compromisso por escrito de que essa pauta (da homologação dos representantes discentes e consequentemente do processo de eleição organizado pelos estudantes) seria novamente incluída na reunião do CONSU assim como exigimos posição favorável do reitor referente ao tema. Novamente se fecharam a essa proposta de forma intransigente.

Continuamos exigindo um posicionamento público contrário aos decretos do governo Serra por parte do reitor Tadeu Jorge. Há uma relação direta entre a falta de assistencia estudantil (manutencao da moradia, por exemplo) e os decretos de Serra que representam o apice de uma política de sucateamento e privatização velada da univesidade pública. Sobre este ponto também não obtemos respostas.

A reitoria não se mostra mais aberta para continuar as negociações. Nós, estudantes organizados que ocupam a reitoria da Unicamp, mantemos assim nossa atividade reivindicatória e permanecemos no prédio da reitoria e do Conselho Universitário.

Ameaças de Repressão!

O reitor Tadeu Jorge não pensou duas vezes em acionar a polícia entrando com um pedido de reintegração de posse. Temos agora dentro do campus da Unicamp, bem próximo de nossa ocupação, alguns carros da polícia. Um juiz se dirigiu até a ocupação pedindo para que alguém (um líder?) representasse o movimento e respondesse em juízo ao pedido de reintegração de posse. Caso não atendêssemos essa requisição o juiz não teria outra alternativa senão acionar os "meios cabíveis" para retirar os estudantes do prédio. O prazo dado pelo juiz foi de até as 10h da manhã de hoje (29de março).

O movimento reafirma que não vai indicar um representante. Este eh um movimento de estudantes reivindicando seus direitos e defendendo uma universidade publica e de qualidade. A própria administração desta universidade é responsável pela ocupação. Não deveria a justiça tomar "medidas cabíves" com relação a má administração da reitoria que põe em risco a vida de 60 pessoas que estavam morando em um bloco condenado na moradia estudantil?

Reafirmamos que o movimento é pacífico e organizado e está usando de um meio legítimo para reivindicar seus direitos. Não seria violento o descaso da administração com a vida dos 60 moradores que estão sem ter pra onde ir? Apesar dessa violencia de gabinete da reitoria manifesta em sua politica de descaso com a universidade publica reafirmamos que nosso movimento eh pacifico. Condenamos a ação da reitoria de colocar a polícia dentro do Campus retomando práticas da ditadura no Brasil.

Ocupamos também o CONSU

Devido ao crescimento do movimento (agora cerca de 400 estudantes!) foi necessário realizara ocupação da sala de reuniões do Conselho Universitário, próximo a reitoria onde jáestamos ocupados. Nessa sala, mensalmente, os diretores e pró-reitores da Unicamp"geriam" a universidade negando a autonomia do movimento estudantil, deixando a moradiaestudantil se degradar sem manutenção e abaixando a cabeça para o processo de sucateamentoda universidade pública - que teve seu ápice no estado de São Paulo com os decretos de Serra. Nessa sala agora se reunem em assembléia os estudantes desta ocupação.

quarta-feira, 28 de março de 2007

2o dia dentro da REItoria!

Mais de 24h de Ocupação!


Após 24h de oucpação na REItoria da Unicamp, fica cada vez mais evidente a truculência e o descaso da reitoria que esta ocupação tem o objetivo de denunciar. A REItoria insiste, com a tradicional intransigência, em não negociar as questões levantadas sobre a moradia estudantil e a irresponsável gestão da coordenadora do PME (programa de Moradia Estudantil), Kátia Stankato. Vale a pena ressaltar que estudantes foram obrigados a desocupar suas casas por motivos estruturais, em outras palavras, a moradia está caindo! Isso demonstra o descaso, também tradicional, da Universidade com a Assistência Estudantil.


A sessão do CONSU de ontem, como mais uma forma de exibição da concentração do poder decisório da Unicamp, RETIROU DE PAUTA as reivindicações estudantis no que tange a autonomia do movimento estudantil em realizar as eleições de seus próprios representantes e, como se não bastasse, ainda homologou os representantes discentes, “eleitos” no processo organizado pela Secretaria Geral, que contou com escassos 184 votos (o processo paralelo dos estudantes contabilizou mais de 4770 votos).


Outra reivindicação dos estudantes é para que o reitor se posicione quanto aos decretos do Governo José Serra. Esses decretos são um ataque direto à Educação Pública, pois contigenciam verbas, fragmentam a educação e facilita a intervenção direta do Estado nas universidades.

Apesar da intransigência, a ocupação se mantém decidida a resistir e já acumula algumas vitórias no campo da mobilização estudantil e no posicionamento do CONSU CONTRA OS DECRETOS DO GOVERNO JOSÉ SERRA.

Modelo de moção

(enviar moção para dceunicamp@gmail.com)

XXXXXXX, YY de março de 2007.



M O Ç Ã O D E A P E L O


Ao reitor,
José Tadeu Jorge


No dia 27 de março de 2007, os estudantes da Unicamp organizaram-se e ocuparam a reitoria desta universidade buscando respostas ao seguinte conjunto de reinvidicações:

  1. Retirada da atual administração do Programa de Moradia Estudantil, Kátia Stankato; que o bloco B da Moradia Estudantil da Unicamp passe por um processo de reformas com prazo de início e término da obra; que a Unicamp seja locatária e fiadora de casas com luz, água, transporte e manutenção gratuitos, com caráter provisório para os moradores do bloco condenado; que toda a moradia passe por um processo de vistoria e reformas necessárias; ampliação para 1500 vagas conforme projeto inicial
  2. Homologação imediata dos Representantes Discentes (RDs) eleitos no processo eleitoral do DCE no ano passado;
  3. Exigência de um posicionamento público contrário aos decretos do governo José Serra por parte do reitor da Unicamp.

Por acreditarmos justas as reivindicações dos estudantes em defesa de uma universidade pública de qualidade e por acreditarmos na importância do respeito às instâncias estudantis de organização, nós da ___________________________________________________
enviamos esta moção para a reitoria da Unicamp num apelo para que o reitor Tadeu Jorge atenda as reivindicações dos estudantes.



Atenciosamente,


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Ocupamos a reitoria da Unicamp (27/03)

Nós, estudantes da Unicamp, estamos ocupando a Reitoria por estarmos cansados do descaso desta com a universidade pública, em particular no que se refere à assistência estudantil e à democracia na Universidade.

Em nossa Moradia, um bloco (Bloco B) encontra-se em processo de desmoronamento, colocando em risco os estudantes moradores; isto é a prova da falta de financiamento e da má administração do PME (Programa de moradia Estudantil).

Sabemos que hoje estamos vivendo um processo de sucateamento da Universidade Pública. Este é materializado em âmbito federal pela reforma universitária do governo Lula e estadualmente pelo governador José Serra.

Recentemente, o governador, grande "camarada" do Reitor Tadeu, por meio de uma série de decretos e um contingenciamento de recursos públicos diminuiu drasticamente as verbas destinadas às estaduais paulistas. Nos perguntamos, se com a verba anterior nossa assistência estudantil já passava por dificuldades, como estaremos com este corte de verbas?

Esta política adotada pelo Estado tem sua representante na Moradia, a professora Kátia Estancato. Em sua administração o que predomina é o autoritarismo e a má aplicação das poucas verbas públicas. A professora, escolhida à dedo pela reitoria, não utiliza critérios para a seleção dos moradores, além de expulsar hóspedes (que na maioria dos casos precisam de bolsa mas não passam no processo seletivo). No que tange à gestão, são priorizadas questões estéticas, como a compra de flores e construção de jardins, em detrimento de questões estruturais (só na primeira parte dos gastos com jardinagem foram gastos por volta de R$9000,00, enquanto o gasto com estrutura foi ínfimo).

Com intuito de garantir sua política, a organização dos estudantes é atacada, pois a Unicamp é a única universidade pública no Brasil que não reconhece os representantes destes para o seu Conselho Universitário (CONSU).

A partir de 2004 a reitoria tomou para si a organização das eleições dos estudantes ao CONSU, atacando diretamente a autonomia estudantil. Esta tentativa, ano passado, foi vergonhosa para reitoria, posi enquanto o movimento estudantil organizou um eleição com 4791 votantes, a organizada pela reitoria não tinha sequer candidatos suficientes para todas as cadeiras do Conselho, tendo inexpressiva participação de 184 votantes.

Por isto, estamos dispostos a impedir o funcionamento da reitoria até que as seguintes reivindicações sejam atendidas:

Quanto à moradia:

  • Reconstrução imediata do Bloco B, com prazo determinado de início e término das obras.
  • Locação dos desalojados sob inteira responsabilidade da Unicamp com garantia de água, luz e transporte.
  • Ampliação do número e vagas da Moradia para 1500 vagas.
  • Vistoria completa da Moradia com laudo amplamente divulgado.
  • Fora Kátia Stancanto da administração da Moradia.

Quanto à representação discente:

  • Pela homologação dos RD´s eleitos em novembro de 2006
  • Pela legitimação do processo eleitoral organizado pelos estudantes

Entendendo a relação dos problemas da Unicamp com a política do governo estadual de José Serra, exigimos:

  • Nota pública da Reitoria e do Conselho Universitário de repúdio aos Decretos do Governo estadual, vista as consequências que a falta de verbas públicas traz para universidade (como o caso da moradia estudantil).